terça-feira, 31 de maio de 2011

Quase Hanson

Rasmus, David e Viktor Elm: irmãos ganharam juntos a
Allsvenskan pelo Kalmar na temporada 2008 (Sports Bladet)
Felipe Portes, @portesovic
De Ourinhos-SP


Num país de milhares de "Hansson", três irmãos suecos estouraram nas paradas, como o trio americano que tanto fez sucesso no início dos anos 2000. Mas não como Taylor, Zachary e Issac e muito menos com música pop e hits como "Mm-bop" ou "Save me". David, Viktor e Rasmus (por ordem de idade) chamaram para si mesmos os holofotes da Allsvenskan de 2008, com a conquista inédita do campeonato. Ainda que a equipe já tenha levantado três vezes a Copa sueca em 1980/81, 1986/87 e 2007, o título do ano seguinte foi a constatação de que a melhor safra de talentos do clube estava sendo vista. 

É raro ver um exemplo de sucesso entre família, no futebol. Vimos os De Boer, os Nordahl, os Neville, os Flo, os Magnusson, que se consolidaram em seus respectivos clubes. Entretanto, o que se esperar de um time que tem como apelido "Irmãos vermelhos", ou Röda bröder? Nada mais justo, portanto. Falemos um pouco de cada um dos Elm, destaques absolutos da campanha vitoriosa de três anos atrás na Allsvenskan.


David é o mais velho, nascido em 10 de janeiro de 1983. Atacante, ficou de 2007 a 2010 no Kalmar. Sua melhor passagem foi pelo Falkenbergs, de 2004 a 2006, marcando 24 gols em 68 jogos. Recentemente esteve andando pelos lados de Londres, no Fulham. Em dez jogos, David marcou apenas uma vez. Para o ano de 2011, acertou com o Elfsborg, onde já fez dois gols nesta edição da Allsvenskan.


Viktor, nascido em 13 de novembro de 1985, é meia. Também começou no Falkenbergs, assim como David e seguiu para o Kalmar. De lá, seguiu para o Heerenveen, em 2009. Foi convocado dez vezes para a seleção sueca. Fez 27 gols em sua passagem pelo Kalmar, em 78 jogos. Para encerrar o seu currículo, um título individual: Melhor meia sueco de 2008. 


Rasmus é talvez o mais conhecido e talentoso entre os irmãos Elm. Mesmo sendo o caçula, já foi convocado 15 vezes para a seleção nacional. O único da linhagem a não ter começado no Falkenbergs, e sim no Kalmar, clube que deixou em 2009/10 para se juntar ao AZ Alkmaar. Outra curiosidade é que ele é dos Elm o que mais temporadas ficou nos Röda brödar, passando cinco temporadas no Kalmar antes de desembarcar em território holandês. 

Sucesso e titular no pavilhão de Alkmaar, Rasmus (é perigoso usar esse tipo de expressão com certos jogadores, mas...) pode vir a ser um grande nome no cenário europeu, ou ao menos para um país que já viu craques como Skoglund, Liedholm, Nordahl, Brolin e Larsson. Para encerrar, veja um vídeo compilado com alguns lances do caçulinha.


*Atualização por Rodolfo Zavati, @rodolfozavati:

Michael e Brian, grandes lendas do futebol dinamarquês (OM TV2)
Na Escandinávia, famílias futebolistas não são exclusividade sueca. O dinamarquês Finn Laudrup foi um atacante com passagem pela seleção local nos anos 60 e 70, além de pai dos craques Michael e Brian. Já na Noruega, o centroavante Tore André Flo, pesadelo de Zagallo e da seleção brasileira no final dos anos 90, foi à Copa de 98 ao lado do irmão mais velho Jostein e do primo Håvard. Havia ainda um quarto Flo atuando profissionalmente: o zagueiro Jarle, irmão de Tore e Jostein.


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