Alguns campeões da antiga Copa
UEFA deveriam ficar eternamente na memória dos torcedores. Não por esquadrões
sensacionais, padrão de jogo invejável ou goleadas, mas sim pelo carisma dos
vencedores em algumas edições
Aproveitando o gancho da Trivela sobre os esquadrões mais interessantes da história do torneio, post feito pelo
amigo Leandro Stein, escolhemos os três mais legais e em todos os casos, até
os perdedores teriam seu charme.
O
Borussia Mönchengladbach vivia seu auge na década de 70. Os dois títulos na
competição europeia (e por pouco não foram três) vieram durante um período
extremamente feliz para os alemães. Ter consigo um dos melhores jogadores
dinamarqueses de todos os tempos, somado ao talento e a um estilo de jogo
revolucionário, só ajudou para que o M´gladbach fosse alavancado ao sucesso internacional.
Simonsen e Heynckes: boa parceria no ataque dos Potros Foto: TWB22 |
Na campanha vencedora de 1974-75,
Allan Simonsen, Jupp Heynckes, Berti Vogts, Rainer Bonhof e Uli Stielike
demoliu quem veio pela frente na Copa UEFA. Não parecia uma barbada quando o
Tirol Innsbruck apareceu logo na primeira fase. Os austríacos venceram por 2 a
1 em casa e levaram uma sacolada por 3-0 no Bökelberg Stadion.
Grande abraço aos Gones
A sequência reservou um
atropelamento ao Lyon de Aimé Jacquet e Bernard Lacombe. Na Alemanha, o
Borussia fez um singelo 1 a 0 e deu aos franceses a esperança de que seria
fácil resolver as coisas no Gerland. Ledo engano, 6 a 2 para os Potros, que
passaram o carro nos Gones. Ninguém anotou a placa, pelo visto.
Pela terceira rodada, adivinhe
só: mais duas goleadas. A vítima foi o Zaragoza da dupla dinâmica paraguaia
Saturnino Arrúa e Carlos “El Lobo” Diarte,
que apanhou de 5-0 fora e 4-2 em casa. O M´gladbach se consolidou como o bicho
papão do torneio, amassando qualquer adversário e com um futebol muito técnico.
O agregado de 9-2 diante dos espanhóis foi a constatação de que os Potros estavam
bem acima dos demais.
Veio então o Banik Ostrava, que
endureceu mais a parada para Simonsen e seus comparsas nas quartas de final. Os
tchecoslovacos estavam vivendo anos dourados no ano que precedia ao título na
Eurocopa. Apesar de não contar com quase nenhum dos atletas que foram campeões continentais
em cima da Alemanha, o Banik fez boa campanha.
Vendendo caro a vaga nas
semifinais, os rapazes de Ostrava levaram apenas um gol na Tchecoslováquia e
saíram para a casa dos rivais com a desvantagem mínima de 1-0. Só que no Bökelberg
as coisas sempre dificultavam para os visitantes. 3-1 para o M´gladbach e mais
um time ficava pelo caminho.
O inimigo íntimo e o atropelamento definitivo
O duelo doméstico contra o
Colônia foi o último desafio para o Borussia antes da decisão. Sem nenhuma
dificuldade, eles se impuseram na Renânia e fizeram 3-1 em cima dos Bodes de Harald
Schumacher, Dieter Müller e Wolfgang Overath. Sem a obrigação de partir para
cima do Colônia jogando na Vestfália, o M´gladbach fez o simples e garantiu a
participação na final.
Por fim, o Twente de Epi Drost e
Arnold Mühren seria o último obstáculo para o primeiro título europeu dos
Potros. Os meninos de Spitz Kohn seguraram um empate em 0 a 0 na Alemanha e
aguardavam ansiosos pelo desenrolar no De Grolsch Veste.
Só não esperavam uma
reação impiedosa por parte dos germânicos. Simonsen e Heynckes demoliram a
defensiva holandesa. Com cinco gols apenas feitos pela dupla, o Borussia fez 5
a 1 e se sagrou campeão da Copa UEFA de 1974-75. Repetiria o feito quatro anos
depois com os mesmos Simonsen e Heynckes como titulares.
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