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Neymar virtual está idêntico ao original, tanto na aparência quanto na ginga e movimentação (Foto: Christian Post) |
Para começo de conversa, a
Konami dizia em seus comunicados oficiais sobre o jogo que tentaria fazer algo
diferente, inovador, mas com seu estilo próprio, correndo de toda aquela
baboseira de disputa com o rival produzido pela EA Sports. Convenhamos que desde
a versão 11 não há mais uma disputa, e sim um massacre.
A franquia japonesa que carrega
o legado do Winning Eleven concentrou seus esforços no lema “projetado para a
liberdade” e nas miscelâneas como criações de estádio (o que eu considero
fantástico, já que vivo criando centenas de time), uniformes, detalhes gráficos
e modos de jogo. No entanto, esqueceu de tornar o seu principal elemento numa
peça de arte como o restante da obra.
Principais
diferenças
Analisando de maneira fria,
FIFA e PES se completam. FIFA traz melhor jogabilidade, muito mais ligas (e
licenciadas), campeonatos online e agora a maravilhosa ferramenta do EA Creation
Centre, em que você pode montar seu clube, jogadores e baixar várias ligas
feitas por outros usuários para o seu console (você só pode jogar com elas no
Manager mode pagando).
Já o PES tem o Edit mode
consolidado, quase perfeito (times, atletas, jogadores, estádios e até ligas) e
completo, sem a exigência de downloads ou compras de DLC. A presença da
Champions e Europa League, além da Libertadores da América tornam a peça da
Konami um atrativo à parte. O ponto negativo fica mesmo por conta da jogabilidade
pouco atraente e engessada, até a versão 2012.
Como fã da série WE, bem antes
do surgimento do PES e um tanto quanto desiludido com o progresso feito até
aqui, devo acrescentar que comentarei apenas o que achei interessante ou
decepcionante na demo de PES13 e não estou ansioso para o lançamento do novo
FIFA. Digo mais: só jogarei o da EA quando já tiver aproveitado bastante o
trabalho do pessoal da Konami, pois uma vez que eu ligar o FIFA no console,
será um caminho sem volta para o vício, lamentavelmente.
Propostas
Levando em consideração o fato
de que a desenvolvedora do PES saber que já perdeu grande parte do mercado para
o FIFA, a ideia agora é inovar no máximo possível. Finalmente focando numa
maior liberdade dos jogadores em campo, agora podemos ver uma mecânica mais
suave, estilo de jogo mais fluído e maior empenho no quesito dribles. Depois de
transformar Lionel Messi em um simples Maikon Leite sem recursos, desta vez a
Konami entrou de carrinho e fez grande melhoria na forma como as fintas são
executadas e bem sucedidas. Não é mais preciso ser um gênio para pedalar, puxar
a bola ou dar uma carretilha, e isso é essencial, rapazes. Não concentrem a
mina de ouro só nos gamers mais viciados.
Foi confirmado que a Taça
Libertadores agora também estará inclusa no modo Master Liga, o carro chefe do
PES desde o início da franquia. Agora será possível erguer a Copa com
Palmeiras, Corinthians, Vasco, São Paulo, Figueirense e até a Ponte Preta. Sim,
a Liga Brasileira está completa e com licenças, apesar de não haver um anúncio
oficial. Semana passada o pessoal que produz mods para a versão de PC conseguiu
entrar na database do jogo e encontraram lá todos os nomes e arquivos
referentes ao Brasileirão. Um golaço.
A questão de dribles que eu
tanto insisto foi resolvida com classe. Na minha primeira partida, com o
Santos, dominei várias vezes com o Neymar e qualquer combinação com o manete
analógico gerava uma ginga interessante. Se vai ser objetiva ou não, vai de
quem controla. Resolveram um grave defeito das edições anteriores, que era não
conseguir passar dos defensores. Não se torna um jogo mais realista apenas o
dificultando, fica a dica para o pessoal que vai se encarregar da versão
completa, que sai dia 30 de setembro.
Por outro lado, a sua defesa
ficou mais inocente que strip poker entre cegos. Não sei se foi algum
problema na tática de Santos e Flu, mas os zagueiros sobem demais e qualquer
contragolpe pode resultar no atacante adversário saindo de cara com o goleiro.
A máquina vai sempre fazer o gol chutando no canto.
Gostei dos passes, que agora
são menos automáticos e precisam ser feitos com mais atenção. Não é qualquer
apertadinha no X que vai deixar o seu centroavante na cara do gol. Agora é você
que tem a estratégia em mente e tem de dosar a força e a direção do toque,
outro golaço da Konami. Se você for daqueles que acha que dá pra vencer um
adversário só driblando, é melhor ir se acostumando. Caso não seja, aperte com
vontade o botão.
As faltas imbecis continuam
presentes, para o desagrado de muitos. Qualquer empurrãozinho pode sim ser
marcado como infração e dependendo do estilo de marcação escolhido, isso pode
truncar as partidas. Mas nada que vá pesar numa análise.
É de se esperar que a produtora
enxergue esse feedback positivo e não altere de forma brusca a jogabilidade,
como na versão 2011 onde a demo foi infinitamente mais agradável do que o
produto final. Potencial há...
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