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Foto: Blog da comunicação |
Caio Dellagiustina, @caio03
De Itu-SP
[Especial Eurocopa]
[Especial Eurocopa]
Cinco anos após a primeira
disputa europeia entre clubes, é dado o pontapé inicial para o torneio que
viria a ser a segunda grande competição do futebol, somente atrás da Copa do
Mundo. A Eurocopa surgiu 30 anos após o projeto inicial, logo após o término do
primeiro mundial, no Uruguai, em 1930, que contou com apenas quatro europeus.
Para mostrar que a Europa não precisava da FIFA para organizar uma grande
competição, nasceu o Campeonato Europeu de Seleções.
Ainda com resquícios da Segunda
Guerra, algumas seleções de grande importância como Alemanha Ocidental, Itália
e Inglaterra preferiram ficar de fora e se reconstruir à participar desse
torneio. Assim, 17 seleções começaram da primeira Eurocopa, que diferente do
que vemos hoje em dia, não tinha o mesmo formato.
Disputado no formato de
mata-mata, o certame começou com o duelo entre Irlanda x Tchecoslováquia para
decidir quem se juntaria aos outros 15 concorrentes. Perdendo por 2 a 0 em
Dublin, os tchecoslovacos golearam por 4 a 0 em Bratislava e avançaram.
As primeiras fases não tinham uma
sede definida e era o que poderíamos chamar de eliminatórias. Assim, foram oito
confrontos em jogos de ida e volta, um em cada país. União Soviética (atual
campeã olímpica) 4x1 Hungria*, França 8x2 Grécia*, Romênia 3x2 Turquia*,
Noruega 2x6 Áustria*, Iugoslávia 3x1 Bulgária*, Alemanha Oriental 2x5 Portugal*,
Polônia 2x7 Espanha* e Dinamarca 3x7 Tchecoslováquia* fizeram os jogos das
oitavas de final. Destaque para a disparidade de resultados, com embates
marcados por goleadas, tendo o confronto mais equilibrado entre Romênia e
Turquia, em que os romenos triunfaram no placar agregado por 3 a 2.
Na fase seguinte, os oito
classificados se enfrentariam, nos mesmos moldes da fase anterior, com dois
jogos, novamente um em cada país. Com isso, tivemos chaveados França 9x4
Áustria*, Portugal 3x6 Iugoslávia*, Romênia 0x5 Tchecoslováquia* e Espanha x
União Soviética. Contudo, por ainda estar sob o comando do ditador Francisco
Franco, a Fúria se recusou a viajar até Moscou, onde o comunismo imperava. Desta
forma, a URSS avançaria direto à fase final. França, Iugoslávia e
Tchecoslováquia também conseguiriam, com certa facilidade, a classificação para
o decisivo quadrangular final.
*Placar agregado
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Lance da final entre URSS x Iugoslávia (Foto: Futebol e cia ltda.) |
Nessa fase, diferente do que
havia até o momento, houve uma sede fixa. O país escolhido foi a França (em
Marselha e Paris), único dos representantes no final four que não era esquerdista. Definidos, os confrontos seriam
entre Tchecoslováquia x União Soviética e França x Iugoslávia. Melhor para
soviéticos e iugoslavos que avançaram e disputariam o inédito título.
Na final, um jogo emocionante que
só teve seu vencedor definido na prorrogação. Com destaque para o goleiro Lev
Yashin e o artilheiro da competição, Viktor Ponedelnik, a URSS venceu por 2-1.
Milan Galic abriu o placar aos 43 e a Iugoslávia não teve muito tempo para
comemorar a vantagem. Slava Metreveli igualou o cotejo seis minutos depois. Arrastado
até o tempo extra, a Euro 60 foi definida por Ponedelnik, restando sete minutos
para as penalidades.
Um grande coincidência foi que,
como o jogo começara as dez horas da noite de um domingo, no horário local, o
gol do título saiu somente na segunda-feira, e o nome do autor do gol,
Ponedelnik, significa justamente, segunda-feira, em russo.
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Foto: O campo dos sonhos |
Campanha: Quatro jogos,
quatro vitórias. Nove gols marcados, dois sofridos.
Jogos:
Oitavas de final
URSS 3-1 Hungria
Hungria 0-1 URSS
Quartas de final*
Espanha desistiu de enfrentar a URSS
Semifinal
Tchecoslováquia 0-3 URSS
Final – 10 de julho de 1960,
Paris – Parc des Princes
URSS 2-1 Iugoslávia
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