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Cabeçada de Toni decidiu a peleja válida pela antiga Copa Uefa (Photobucket) |
De São Paulo-SP
A primeira temporada de Luca Toni no Bayern foi em 2007-08. Atleta de técnica questionável, mas com faro de gol impressionante. O Getafe foi um dos times que mais sofreu nas mãos – digo, nos pés e cabeça – do artilheiro italiano.
Quinta-feira, na Espanha. Copa Uefa. Quartas de final. A vantagem era dos mandantes. Empate sem gols no Alfonso Pérez dava a vaga na semifinal da competição européia ao Getafe, que havia empatado em 1 a 1 na Allianz Arena. A inversão do papel aconteceu aos nove minutos do primeiro tempo quando de la Red foi expulso após falta em Klose – o alemão tropeçou em suas próprias pernas.
O treinador Michael Laudrup se via em maus lençóis depois de perder Uche por lesão. A entrada de um zagueiro fez com que o bom lateral romeno Contra jogasse no meio-campo. Ele, aliás, passou como quis pela defesa bávara há um minuto do fim do primeiro tempo. Resultado desastroso pelo o que o Bayern fez a frente de um dos melhores Getafes da história.
O problema era que o time alemão não conseguia transpor a barreira criada pelo dinamarquês. Cortes se virava com Ribéry, os atacantes eram bem marcados pela dupla de defesa, e a equipe espanhola ficava recuada. Mas Luca Toni viva fase soberba. No único pivô que conseguiu fazer, deixou Ribéry na cara do gol: 1 a 1 aos 44 minutos do segundo tempo.
Tempo para um descanso. Tempo que foi levou os pensamentos dos jogadores de defesa do Bayern lá para a Alemanha: Casquero, com um petardo indefensável de fora da área, e Braulio, num vacilo de Lúcio, abriram 3 a 1 em apenas dois minutos de prorrogação. A comemoração de Braulio dizia tudo. Era o gol da vaga na semifinal. Laudrup sorria, festa no Alfonso Pérez.
Mas se de um lado tinha Luca Toni, do outro jogava Pato. O capitão do Getafe largou a bola nos pés do italiano aos 115 minutos. Gol. O semblante do dinamarquês mudou: repousando os braços no banco de reservas, fechou a cara e sabia o que viria. Hitzfeld, sentado, só observava. Viu Sosa, aposta, cruzar a bola na área. Luca Toni subiu no meio da zaga e cabeceou para marcar o tento da classificação no último minuto do jogo.
O Coliseum desabou, mas foi com a festa da minoria bávara.
Getafe 3
Abbondanzieri, Contra (Cotelo 66’), Cortés, Tena e Licht; de la Red; Manu (Braulio 62’), Casquero, Celestini e Gavilán; Uche (Belenguer 21’).
T: Michael Laudrup
T: Ottmar Hitzfeld
Árbitro: Massimo Busacca (SUI)
Estádio: Coliseum Alfonso Pérez, em Getafe
Data: 10/04/2008
Gols: Cosmin Contra 44’, Ribéry 89’, Casquero 91’, Braulio 93’, Toni 115’ e 120’
Cartões amarelos: Belenguer; Toni, Lahm, Lell, Podolski Cartão vermelho: de la Red
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