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Foto: GloboEsporte.com |
Olá
Brasil, que se encontra todo dia aqui na TF! Para variar, hoje a coluna vai
falar daquele que foi o destaque do final de semana: o ENEM. Não, infelizmente
ele não foi cancelado, e também não teve Fla-Flu. Mas tivemos uma rodada
recheada de questões nesse campeonato que está mais longo e cansativo que a
prova de domingo. Vamos aos fatos.
No
sábado, quem se saiu bem foram Grêmio, Flamengo e Santos. A prova do Peixe
parecia difícil, talvez média. Na verdade, uma incógnita, uma vez que nunca se
sabe o que o professor Celso vai perguntar. Ninguém ficou com a prova, mas
parece que havia apenas uma questão, de Humanas: “Sandro Silva, volante do
Cruzeiro, vai conseguir parar o Neymar? Justifique”. A resposta era NÃO, e a
justificativa mais adequada era HAHAHAHAHAHAHAHHAHA. Quem respondeu SIM zerou a
prova. Final, Cruzeiro 0-4 Santos.
Em Volta
Redonda teve questão de Biologia. Ecologia, pra ser mais exato: “considerando
que uma Figueira leva porrada e machadada durante mais de 30 rodadas, que tipo
de desequilíbrio torna capaz a derrubada da árvore por um urubu?” Era
dissertativa, o aluno Hernane, do Flamengo, respondeu corretamente e ganhou uma
estrelinha. Parece que o aluno Paulo Victor, da escola rubro-negra, também
ganhou estrelinha pela atuação, enquanto o professor (juizão) disse que as duas
respostas do Júlio César, do Figueirense, estavam incorretas. Os catarinenses
foram chorar nota, mas não levaram. Estão quase rodados.
Já em
Porto Alegre, as questões foram de Física (termodinâmica e cinemática). A mais
complicada durou quase 90 minutos e era pega-ratão: “considerando a pressão
exercida por 40 mil pessoas no estádio, calcule em quanto tempo o Grêmio
goleará a Ponte Preta”. O problema é que o aluno, ao tentar resolver, partia de
um raciocínio implícito de que a pressão e o volume seriam constantes por parte
do tricolor, o que não aconteceu. Na verdade, a Ponte equacionou os valores,
aumentou o seu volume (de jogo), o que arrefeceu a pressão gremista. A Macaca,
porém, não soube converter todo esse movimento em resultado positivo e, mesmo
com a diminuição repentina do volume de jogadores do Grêmio (Júlio César foi
expulso), houve grande perda de calor e eles acabaram errando a outra questão:
“qual a velocidade de um cone em direção ao gol, a partir de um lançamento de
escanteio?” Preferiram responder FOI FALTA NO GOLEIRO, quando, na verdade, a
resposta correta era ANDRÉ LIMA (1-0).
As provas
de domingo são sempre mais cansativas. A rodada também é maior, é muita coisa
pra acompanhar, a gente nunca sabe por onde começar (a menos claro, que a
pessoa tenha o domínio das matérias e tudo sob controle. Mas daí não ia estar
lendo texto de futebol, ia estar estudando. Mas tergiverso). Pois tivemos mais
uma série de questões. Em São Januário, o Sport tirou NOTA DEZ contra o Vasco
(0-3), fazendo uma prova perfeita, com direito a calcanhar de Gilberto e golaço
de Hugo. Há grande suspeita de que houve cola dos pernambucanos, mas o
histórico recente de defesa mal-elaborada por parte dos vascaínos dá margem à
interpretação de que talvez o Leão da Ilha tenha realmente ido bem. No entanto,
estão quase reprov...rebaixados também. No Canindé, o Dida passou cola pro
Souza e o Bahia venceu a Portuguesa (0-1). Não há muito que falar desse jogo,
convenhamos. Foi pior pro Palmeiras, mas já chegaremos nele (temos que cavar
mais um pouco RISOS).
Uma turma
inteira que vai mudar de colégio, agora é oficial, é o pessoal do Atlético-FOI.
Os goianos vinham tirando zero, zero vírgula cinco, conseguiram tirar um oito
lá naquela rodada em que venceram o Fluminense, precisavam tirar 10 em todas as
provas restantes e ainda torcer pra que o professor arredondasse as notas pra
cima (resultados paralelos). Não deu. Perderam pro Corinthians (0-2), que já
tava passado mesmo e permanece apenas estudando pra tentar passar na Federal
(Mundial). No Recife, o Internacional acabou reprovado nas questões de
matemática (3-0). O time de BIG FERNANDO entrou em campo focado no estudo de
PROBABILIDADE (de chegar na Libertadores), mas acabou surpreendido por três
gráficos de equações de segundo grau (parábolas), elaborados pelo coleguinha
Souza, do Náutico. As duas primeiras ele mesmo resolveu, em chutaços de fora de
área. Foram questões muito parecidas (cobrança de falta perfeita), mas de sinal
trocado – uma no canto direito; outra, no esquerdo de Muriel. A terceira, ele
deu a resposta certinha pro Kieza. O Nei tentou colar nas três, mas errou.
Ainda assim, o Internacional tem uma das melhores notas da turminha da Série A
(é o 6º, pelos critérios). Como isso é possível? A educação precisa de
respostas (pessoal do RS vai entender, desculpem a piada interna)!
Era de se
esperar que a partida entre os CDF’s São Paulo e Fluminense fosse o jogo
perfeito. Os melhores alunos do semestre (2º turno). Era ÓBVIO, também, que a
disputa ia ser decidida naquela questão fundamental, em que um dos dois
erraria. Mas não é que, para nossa surpresa, ambos erraram (porém, questões
diferentes)? Gum errou a de Lógica: “supondo que Luís Fabiano esteja na sua
frente, pressionando a saída de bola, você deve: a) dar um bico pra frente; b)
atravessar a bola na frente da área; c) tentar o drible; d) recuar de mansinho
pro goleiro; e) SOCORRO”. Ele chutou d) e GOL DO SÃO PAULO. Por sua vez, Rafael
TÓIN ÓIN ÓI errou o cálculo na questão “com a bola quase saindo na linha de
fundo, em quanto tempo o atacante consegue dar uma volta completa no zagueiro e
roubá-la?”: ficou pensando se podia responder a lápis ou a caneta, se o
desenvolvimento valia nota, e perdeu o lance pro Samuel, que tocou no MELHOR
ALUNO DO CAMPEONATO, Fred, e o Fluminense empatou (1-1). O tricolor das
laranjadas (!) pode gritar É CAMPEÃO já na semana que vem, mesmo sem o ano
(campeonato) ter terminado. Isso porque o Atlético MaGajanes (homenagem ao
amigo que disse que fica feio chamar de MILIGRAMA – mg) foi fazer prova em
Curitiba e perdeu (1-0). A distância pro Flu foi pra 9 pontos, não tem
RECUPERAÇÃO que coloque o Galo como melhor da turma esse ano. Mas agora vamos
falar da prova do Palmeiras.
Começou
com uma questão de matemática: “considere que um uruguaio jogando pelo Botafogo
chutou a gol e a bola bateu na trave. Qual a probabilidade de gol: a) nenhuma;
b) a bola pode bater em um jogador do outro time e entrar; c) a bola volta no
jogador do Botafogo e ele bate pra fora; d) a bola volta no jogador do Botafogo
e ele marca; e) depende contra quem o Botafogo está jogando”. Pois essa questão
certamente seria anulada por ter duas respostas: d) e e). Porque, de fato, foi
isso que aconteceu com o Lodeiro e, além disso, o Fogão estava jogando contra o
Palmeiras com “sorte de rebaixado”. Como quem não sabe nada, e vendo que
precisava gabaritar de qualquer jeito, o Verdão fez o que todo estudante que
não se dedicou o ano inteiro faz: CHUTOU. E chutou. E chutou. Até conseguiu
acertar alguma coisa, como quando PATRICK VIEIRA cabeceou e Barcos, livre,
empurrou pras redes. Mas depois o time de Parque Antártica (adoro essa
referência) acabou errando o sinal de algumas operações e tomou mais um, de
Elkeson.
No final,
quando todos os alviverdes já se sentiam meio mortos – ou bem mortos, o Pirata
ainda gabaritou a prova de espanhol e empatou a partida (2-2). Esse resultado,
porém, não ajuda muito os paulistas, mas deixa aberta, pra semana que vem, uma
questão de história sobre o ZUMBI DO PALMARES (nenhum sentido): “a partir da
ilustração a seguir [um caixão verde colocado no fundo de uma cova, sobre o
qual está um leão rubro-negro que tenta sair do buraco], discorra sobre a
possibilidade de vitória contra um líder sossegado e que já pode ser campeão,
considerando, também, o resultado do jogo Botafogo e Portuguesa e a
concomitância dos eventos de Cruzeiro e Bahia”. Nesse teste há, ainda, uma
questão dissertativa – porque é tudo mais difícil – de literatura: “interprete
o seguinte poema, adaptado de Mário Quintana – ‘A esperança é um argentino
vestido de verde’”.
Troféu
GABARITOU MATEMÁTICA: Lindão
o uniforme do Atlético-JÁ ERAS. Morto, mas bem vestido.
Troféu TIROU FOTO DO CARTÃO DE RESPOSTAS: Nosso amigo
Nei, do Internacional, autor das duas faltas que originaram os gols do Souza, e
sobre quem Kieza subiu pra marcar o terceiro.
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